terça-feira, 16 de agosto de 2011

Benigna autem noctum (A noite da Benignidade)

Foi aquela noite.
E noite como aquela nunca houve.
Os que estavam ali perto não sabiam,
Nem imaginavam o que se passava.


Contudo, em outra dimensão, cada momento era único.
No céu, cada anjo chorava em desespero,
No inferno, uma gargalhada lunática e insana.
Profanado, blasfemando, era o que se podia ouvir de cada demônio.


A vitória nunca esteve tão perto.
“finalmente”- bradaram
Junto com os anjos Ele também chorou, começou a soar sangue.
Angústia.


“Afasta de mim este cálice, PAI” – falou
ELE afastou,
Mas não do seu filho,
Afastou o cálice de nós.


Como uma taça transbordante,
O Amor foi derramado,
Encheu todo o universo.
Que ficou pequeno, perante tanto amor.


Como ovelha muda, foi levado ao batedouro.
O melhor sendo sacrificado pelo pior,
Tudo isso aconteceu,
Na noite da benignidade.


By Sotnas

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