quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Mi Kamorra, Adonai?



Esta noite me foi dado uma dádiva de conhecer todas as coisas deste mundo.
Todas elas!
Primeiramente tomei um fôlego sobrenatural e mergulhei no mais fundo dos oceanos,
Lá vi seres jamais vistos, e uma beleza incrível.
Foi-me dado força para subir aos mais altos montes, escalados por poucos,
E lá vi as edificações, as cidadelas e as grandes metrópoles.
Tornei-me pequeno o suficiente para conhecer a menor estrutura do átomo,
E todo o mundo quântico.
Tornei-me sagaz o suficiente para percorrer a infinidade do universo,
Cada estrela, cada constelação e cada galáxia escondiam belezas jamais vistas,
E pouco é o que sabemos da criação.
Conheci todas as flores, plantas e arvores; todos os animais de todas as espécies.
E muito belos são, na qual muitos o homem nem sonha em conhecer.
E me foi dado todos os livros deste mundo, e ainda nesta noite fui capaz de ler todos eles,
Confabulações, poesias, histórias de amor, ódio, alegrias e tristezas,
E mui belíssimas são todas, na qual me senti enfadado de tanto conhecimento.
Quão belas são todas as coisas, e quão profundo é o conhecer.
E quão medíocre é aquele que se considera algo.
E escutei todas as músicas, muitas já perdidas nos tempos, orquestrações maravilhosas.
E desci ao Sheol [Inferno] e pude segurar nas mãos de Satan e observar os que lá estavam.
E o sofrimento deles preencheu meus olhos de lágrimas.

Foi então que fui arrebatado em sentidos e pairei no firmamento de todas as coisas,
Foi quando um ser de Luz me apareceu,
Me dobrei diante dele,
Ele se mostrou um ser alado e disse:
“Um mero anjo sou, e nada há em mim que mereça alguma honra, mais conheça aquele que de toda Glória é revestido.”
Foi quando o contemplei, e vi que tudo aquilo que estava a minha Frente.
Sentia como que queimando meus olhos, mediante tanta luz.

E não há nada mais belo, e não a nada que me apraz tanto,
Pois é Ele quem minha alma ama e chora amargamente.
Ele é o amado de minh’alma.
E todos cantavam:
Mi Kamorra, Adonai?
Quem é como Tu, Oh Senhor?

By Sotnas - uma revelação mística em um momento bem trivial.

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