terça-feira, 25 de outubro de 2011

Apreciando a Criação

Elogio e canto a mim mesmo,
E o que admiro deverás admitir também,
Pois cada átomo que me pertence, a ti pertence igualmente.

O exalar de minha própria respiração,
Os ecos, as ondulações, os segredos sussurrados, a raiz do amor, os fios de seda,
A forquilha e a videira.

Minha respiração, o bater de meu peito, a circulação do sangue e do ar em meus pulmões.
O solver das folhas secas e das folhas verdes, da praia, das rochas escuras e do feno do celeiro.
O Som da minha voz, lançando palavras soltas no redemoinho do vento,
O jogo da luz e sombras nas árvores, quando agitam os raminhos flexíveis.

A sensação de saúde, o deslizar da luz cheia, a minha canção ao levantar da cama e saudar o sol.

Consideras muito mil acres? Consideras muito toda esta terra?
Praticaste muito para aprender ler?
Tens orgulho de em saber interpretar os poemas?

Permanece comigo este dia e esta noite e terás a origem de todos os poemas.
Terás, então, tudo o que há de bom na terra e no sol (há milhões de sóis mais além).

Walt Whitman (adaptado)

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